Falar sobre estes dois assuntos ou tomar, diariamente, conta de uma realidade que passa completamente ao lado da que me querem impingir, deprime, revolta e deixa-me cada vez com mais repugna por uma classe política (e não só) que prima por um comportamento de oportunismo, bajulação e interesse próprio.
Vem este meu desabafo inicial a propósito de uma manhã "perdida" a assistir a uma reunião do Conselho de Ilha de Santa Maria. Fui o único cidadão presente mas não estou desapontado por isso. Pior mesmo só a ausência de alguns conselheiros que assim deixam bem patente quais as suas prioridades. Ou melhor, deveres e obrigações senão.............. "outros pra dentro" que afinal tudo isso não passa de um jogo. O da cruzinha de quatro em quatro anos. Mas adiante que se faz tarde.
Sobre a Saúde, exceto os episódios que acontecem esporadicamente mas que ao invés de serem denunciados utilizando os meios à disposição, são discutidos no café, redes sociais ou na casa do vizinho, "apenas" fiquei a saber que a administração da Unidade de Saúde de Ilha, em resposta à comunicação/preocupação do Conselho de Ilha, entende que 50% dos médicos é o número suficiente para fazer face às necessidades. Ora, eu não posso falar por ninguém nem mesmo por experiencia própria MAS se fosse médico e tivesse apenas um colega para assegurar a urgência (24h) e consulta externa, provavelmente, ao fim de alguns dias estaria a bater mal da pinha e a chamar Manuel à Maria ou Joaquina ao José. Isto se não fosse um sobredotado é claro.
Quanto às deslocações - de médicos especialistas e utentes - injusto seria dizer que estamos pior. Atualmente deslocam-se a Santa Maria médicos na área de Pneumologia, Urologia, Oftalmologia, Nefrologia, Dermatologia e Ginecologia. É bom mas não o suficiente e quem afirmar o contrário está a tentar tapar o sol com a peneira e a mentir com quantos dentes tem na boca.
Pediatria? Otorrinolaringologia? Gastroenterologia? Cirurgia Vascular? Estas, não obstante a importância de outras, são especialidades que desde há muito tem (infelizmente) muitos utentes na nossa ilha. Existem pessoas que necessitam não só de uma consulta ou exame esporádico mas de acompanhamento e monotorização. E de quem é a culpa? Não. Não é deste ou daquele profissional de saúde. É sim de um Sistema Regional de Saúde (SRS) que veste calças curtas à demasiado tempo. No meu entender, a reestruturação deste é primordial para que TODOS nós tenhamos acesso condigno aos serviços de saúde.
No que toca ao Turismo, em particular à promoção do destino Santa Maria as coisas não estão para sorrisos de orelha a orelha como nos querem fazer crer.
Eu estava consciente que a taxa de ocupação dos nossos hotéis era inferior a 50% mas estava longe de pensar, por exemplo, que o Hotel Colombo registou, em Março e Abril, taxas de ocupação entre os 22% e 30% (menos do que o registado no período homólogo de 2015). Estava igualmente longe de imaginar que os dois hotéis juntos tem um prejuízo anual que ultrapassa os 150 mil euros ou que as reservas efetuadas até ao momento nas Marítimo Turísticas estão muito abaixo dos números registados o ano passado. Com isto não se julgue que não existem coisas positivas. Há. No entanto estão também elas longe de serem as suficientes para colocar Santa Maria em linha ascendente no que ao fluxo turístico diz respeito. Ou pensavam os mais ingénuos que a implementação do programa "Meus Amores, Meus Açores" e/ou a formação do GRUPO SATA seriam suficientes para inverter este cenário?
Meus senhores, mais do que utilizar a verborreia costumeira que só serve para tentar fazer crer que são uns experts em matéria de promoção turística, é preciso passar da teoria à prática.
Por exemplo, se realmente houvesse a vontade de promover as ilhas mais pequenas e menos desenvolvidas onde Santa Maria se insere, o valor de uma passagem aérea LIS-SMA-LIS NUNCA mas NUNCA poderia ser superior a uma LIS-PDL-LIS.
Se realmente houvesse a intenção de potenciar o turismo em Santa Maria, a inclusão da nossa ilha na oferta de alguns operadores seria uma realidade e isto também não acontece.
Portanto, falem menos e trabalhem (efetivamente) MAIS !!
Vem este meu desabafo inicial a propósito de uma manhã "perdida" a assistir a uma reunião do Conselho de Ilha de Santa Maria. Fui o único cidadão presente mas não estou desapontado por isso. Pior mesmo só a ausência de alguns conselheiros que assim deixam bem patente quais as suas prioridades. Ou melhor, deveres e obrigações senão.............. "outros pra dentro" que afinal tudo isso não passa de um jogo. O da cruzinha de quatro em quatro anos. Mas adiante que se faz tarde.
Sobre a Saúde, exceto os episódios que acontecem esporadicamente mas que ao invés de serem denunciados utilizando os meios à disposição, são discutidos no café, redes sociais ou na casa do vizinho, "apenas" fiquei a saber que a administração da Unidade de Saúde de Ilha, em resposta à comunicação/preocupação do Conselho de Ilha, entende que 50% dos médicos é o número suficiente para fazer face às necessidades. Ora, eu não posso falar por ninguém nem mesmo por experiencia própria MAS se fosse médico e tivesse apenas um colega para assegurar a urgência (24h) e consulta externa, provavelmente, ao fim de alguns dias estaria a bater mal da pinha e a chamar Manuel à Maria ou Joaquina ao José. Isto se não fosse um sobredotado é claro.
Quanto às deslocações - de médicos especialistas e utentes - injusto seria dizer que estamos pior. Atualmente deslocam-se a Santa Maria médicos na área de Pneumologia, Urologia, Oftalmologia, Nefrologia, Dermatologia e Ginecologia. É bom mas não o suficiente e quem afirmar o contrário está a tentar tapar o sol com a peneira e a mentir com quantos dentes tem na boca.
Pediatria? Otorrinolaringologia? Gastroenterologia? Cirurgia Vascular? Estas, não obstante a importância de outras, são especialidades que desde há muito tem (infelizmente) muitos utentes na nossa ilha. Existem pessoas que necessitam não só de uma consulta ou exame esporádico mas de acompanhamento e monotorização. E de quem é a culpa? Não. Não é deste ou daquele profissional de saúde. É sim de um Sistema Regional de Saúde (SRS) que veste calças curtas à demasiado tempo. No meu entender, a reestruturação deste é primordial para que TODOS nós tenhamos acesso condigno aos serviços de saúde.
No que toca ao Turismo, em particular à promoção do destino Santa Maria as coisas não estão para sorrisos de orelha a orelha como nos querem fazer crer.
Eu estava consciente que a taxa de ocupação dos nossos hotéis era inferior a 50% mas estava longe de pensar, por exemplo, que o Hotel Colombo registou, em Março e Abril, taxas de ocupação entre os 22% e 30% (menos do que o registado no período homólogo de 2015). Estava igualmente longe de imaginar que os dois hotéis juntos tem um prejuízo anual que ultrapassa os 150 mil euros ou que as reservas efetuadas até ao momento nas Marítimo Turísticas estão muito abaixo dos números registados o ano passado. Com isto não se julgue que não existem coisas positivas. Há. No entanto estão também elas longe de serem as suficientes para colocar Santa Maria em linha ascendente no que ao fluxo turístico diz respeito. Ou pensavam os mais ingénuos que a implementação do programa "Meus Amores, Meus Açores" e/ou a formação do GRUPO SATA seriam suficientes para inverter este cenário?
Meus senhores, mais do que utilizar a verborreia costumeira que só serve para tentar fazer crer que são uns experts em matéria de promoção turística, é preciso passar da teoria à prática.
Por exemplo, se realmente houvesse a vontade de promover as ilhas mais pequenas e menos desenvolvidas onde Santa Maria se insere, o valor de uma passagem aérea LIS-SMA-LIS NUNCA mas NUNCA poderia ser superior a uma LIS-PDL-LIS.
Se realmente houvesse a intenção de potenciar o turismo em Santa Maria, a inclusão da nossa ilha na oferta de alguns operadores seria uma realidade e isto também não acontece.
Portanto, falem menos e trabalhem (efetivamente) MAIS !!