Sobre aquilo que é o mau trabalho do Governo Regional dos Açores por exemplo, em matéria de divulgação turística das Ilhas de coesão, em particular no que à divulgação da informação relativa aos reencaminhamentos gratuitos diz respeito, não tenho nada a acrescentar além de que lamento profundamente que estejamos entregues, literalmente, à bicharada e que desta irresponsabilidade possa resultar por exemplo, o encerramento de mais unidades hoteleiras.
Quanto ao que deveria ser o trabalho do nosso município também por força da irresponsabilidade que atrás refiro e atendendo às recentes declarações públicas do Presidente da Câmara sobre como tem sido feita e voltará a ser, a promoção turística de Santa Maria, discordo totalmente e lamento que a estratégia passe apenas pela colocação de mupies na cidade de Ponta Delgada, a fé no site Explore Santa Maria e/ou a estampagem deste mesmo site em sacos de viagem que são utilizados pelas equipas marienses nas deslocações a quando da participação em várias competições.
Vamos por partes. Desde o início da operação das Low Cost (LCC) que o desconhecimento de causa relativamente ao processo de reencaminhamentos gratuitos para qualquer uma das outras ilhas dos Açores que não São Miguel e Terceira é um facto comprovado. Logo, na minha modesta opinião, faria todo o sentido e mais algum divulgar os mupies também em Lisboa e Porto pelo menos pois se queremos captar mercado temos que fazer chegar a informação à origem. Isto é, em território continental e antes das pessoas comprarem as passagens porque depois, quando estiverem em Ponta Delgada e por mais atrativo que seja o mupie da Maré de Agosto, do Santa Maria Blues ou do Maia Folk, gastar mais 100 euros num bilhete PDL-SMA-PDL estará fora de questão para uma grande maioria que planeia antecipadamente as suas férias.
Mas existem outros meios de divulgação e pese embora desconheça os valores envolvidos, julgo que seria uma excelente aposta por exemplo, divulgar o destino Santa Maria bem como o processo de reencaminhamento gratuito, na rede de metro. São milhares de pessoas que utilizam este meio de transporte diariamente no Porto e em Lisboa.
Outra sobre a qual já tive oportunidade de me pronunciar seria a compra por tempo limitado de uma página nas revistas de bordo das LCC. Haveria obviamente a necessidade de equacionar custos e redefinir prioridades se necessário.
No entanto, concordo com a não participação do município na BTL. Pelo menos para já e enquanto a questão das acessibilidades não sofrer um forte revés. Mas há que trabalhar para isso!
Ainda durante a entrevista que tive oportunidade de ouvir com atenção, o presidente Carlos Rodrigues mostrou-se bastante desagradado com o chumbo - chamemos-lhe assim - por parte do turismo relativamente a um pedido para a construção/abertura de um restaurante. Independentemente do investidor, pergunto. Outro? Os que já cá estão passam meio ano a "abrir a boca" e vão abrir mais um restaurante?
Bem, também é verdade que se eu fosse o investidor, não necessitasse de recorrer ao crédito e tivesse a firme convicção que iria ser uma aposta ganha, com chumbo ou sem chumbo, o restaurante iria em frente MAS como sou um "teso" e até sou de acordo que os apoios devem ser precedidos de estudos de mercado, desta vez sou obrigado a concordar com o parecer do turismo.