Foi através do programa "Ritmos da Informação", emitido no início deste mês de fevereiro na rádio do Clube Asas do Atlântico que o tema abstenção, em particular o número registado das últimas eleições, voltou a merecer destaque.
Ao contrário das opções para a composição do painel que agora se sabe, irá estar em antena uma vez a cada mês (Pluralismo?), a escolha do tema não me surpreendeu pois foi, é e continuará a ser preocupante a não participação dos cidadãos nos atos eleitorais.
Ao contrário das opções para a composição do painel que agora se sabe, irá estar em antena uma vez a cada mês (Pluralismo?), a escolha do tema não me surpreendeu pois foi, é e continuará a ser preocupante a não participação dos cidadãos nos atos eleitorais.
Durante o referido programa, o fenómeno foi alvo de análise mas julgo que as razões apontadas pecam não só por escassas como amigas da ocasião. Ou além das que foram enumeradas não faltassem outras como a falta de confiança e seriedade que a classe politica transmite findo cada período de campanha eleitoral. A proximidade que é defendida tão intransigentemente mas que depois ESFUMAÇA-SE, a obrigação sentida em não deixar ninguém sem um cumprimento e que depressa passa a INDIFERENÇA, a necessidade de se acudir aos solícitos de quem REALMENTE precisa facilmente se traduz numa INDISPONIBILIDADE (quase) CRÓNICA ou ainda a forma como se continua a prebendar amizades e interesses. Umas vezes com mais, outras com menos arte é verdade mas sempre de forma legal registe-se.
E não se pense que este meu desabafo está revestido com a eloquência costumeira pois não tenho por hábito confundir a arte de bem falar com afirmações sérias.
Esperemos que um dia, o povo perceba a força que tem e comece a pô-los a andar num pé só. Utopia? Talvez......
Esperemos que um dia, o povo perceba a força que tem e comece a pô-los a andar num pé só. Utopia? Talvez......