Notícia vinda a público no Diário Insular de 04 de Abril
Presidente da APIA garante que o projecto será analisado rapidamente se voltar a ser apresentado
Governo mantém interesse
Governo mantém interesse em biodiesel feito em Sta Maria
PROJECTO de Álvaro Miguel visa produzir biodiesel a partir de micro-algas em Santa Maria
Álvaro Dâmaso garante que a Região continua interessada no investimento proposto para Santa Maria.
O presidente da Agência para a Promoção do Investimento nos Açores (APIA) garante que a Região tem interesse na instalação de uma unidade de produção de biodiesel a partir de micro-algas em Santa Maria.Ontem, em declarações ao DI, a propósito das críticas do promotor do projecto, Álvaro Alves Homem, que acusa o executivo regional de travar o seu projecto, Álvaro Dâmaso explicou que o empresário continental foi informado desse interesse e que bastará reapresentar a sua proposta (incluindo nela o documento que originou as suas críticas) para aceder aos apoios governamentais.“Houve, de facto, um atraso na avaliação do projecto. Isso deveu-se à possível acumulação de candidaturas devido à transição de quadros comunitários de apoio. De qualquer modo, se o promotor reapresentar a sua proposta, terá uma resposta em três meses”, adianta o responsável, que adianta que “o cancelamento do investimento é da responsabilidade exclusiva do promotor”.Na quinta-feira, o empresário António Alves Miguel acusou o Governo Regional de demorar nove meses a detectar a falta de um documento na candidatura que submeteu para apoios à instalação de uma fábrica de biodiesel em Santa Maria.O empresário reconhece não se ter apercebido da falta do requerimento do pedido de licenciamento industrial, mas estranha que “os serviços do Governo tenham demorado nove meses a descobrir esse facto, num projecto orçado em sete milhões de euros”.“E, curiosamente, quando entregamos toda a documentação pela Internet, como nos foi pedido, a confirmação que recebemos dava conta que todos os documentos estavam conforme os regulamentos. Nove meses depois, recebo um ofício a dizer que faltava esse documento e que o projecto ficava por ali. Que só se apresentasse um novo é que poderia candidatar-me aos apoios”, alega o empresário continental, que classifica o sucedido de “irreponsabilidade e enorme incúria”.Álvaro Dâmaso adianta que o projecto não teria de ser incluído numa nova candidatura, apenas numa reapresentação, incluindo o documento em falta.“Essa era uma formalidade essencial para que a candidatura chegue ao fim”, adianta o presidente da APIA.“Além disso, é preciso perceber-se que este tipo de projectos, com uma forte componente tecnológica, obriga a uma análise que demora tempo. Não se podem decidir estas candidaturas em dois ou três dias. Além do mais, este projecto em concreto teve uma evolução que também contribuiu para a demora. Esperamos que o promotor reconsidere”, alega o presidente da APIA.O projecto em causa, apresentado pela empresa “Algae Oil Azores”, visa a construção de uma unidade de produção de biodiesel a partir de micro-algas.A unidade, segundo o promotor do projecto, iria empregar 30 pessoas em Santa Maria e desenvolver uma tecnologia japonesa, que converte o óleo de micro-algas em biodiesel.“Os Açores são o segundo melhor lugar do mundo para a criação de micro-algas. Porque têm pouca variação nas temperaturas, têm água do mar de óptima qualidade e, como têm vento, garantem uma fonte de energia renovável”, explica António Alves Miguel.O empresário adianta ainda que o excedente da produção energética da fábrica (300 a 400 kw diários) poderia ser injectada na rede eléctrica de Santa Maria.Perante a situação, António Miguel diz que está tentado a levar o investimento para Cabo Verde ou para o Continente.“A não ser que o presidente do Governo Regional me dê garantias de que o nosso projecto é bem-vindo nos Açores”, sublinha.
Álvaro Dâmaso garante que a Região continua interessada no investimento proposto para Santa Maria.
O presidente da Agência para a Promoção do Investimento nos Açores (APIA) garante que a Região tem interesse na instalação de uma unidade de produção de biodiesel a partir de micro-algas em Santa Maria.Ontem, em declarações ao DI, a propósito das críticas do promotor do projecto, Álvaro Alves Homem, que acusa o executivo regional de travar o seu projecto, Álvaro Dâmaso explicou que o empresário continental foi informado desse interesse e que bastará reapresentar a sua proposta (incluindo nela o documento que originou as suas críticas) para aceder aos apoios governamentais.“Houve, de facto, um atraso na avaliação do projecto. Isso deveu-se à possível acumulação de candidaturas devido à transição de quadros comunitários de apoio. De qualquer modo, se o promotor reapresentar a sua proposta, terá uma resposta em três meses”, adianta o responsável, que adianta que “o cancelamento do investimento é da responsabilidade exclusiva do promotor”.Na quinta-feira, o empresário António Alves Miguel acusou o Governo Regional de demorar nove meses a detectar a falta de um documento na candidatura que submeteu para apoios à instalação de uma fábrica de biodiesel em Santa Maria.O empresário reconhece não se ter apercebido da falta do requerimento do pedido de licenciamento industrial, mas estranha que “os serviços do Governo tenham demorado nove meses a descobrir esse facto, num projecto orçado em sete milhões de euros”.“E, curiosamente, quando entregamos toda a documentação pela Internet, como nos foi pedido, a confirmação que recebemos dava conta que todos os documentos estavam conforme os regulamentos. Nove meses depois, recebo um ofício a dizer que faltava esse documento e que o projecto ficava por ali. Que só se apresentasse um novo é que poderia candidatar-me aos apoios”, alega o empresário continental, que classifica o sucedido de “irreponsabilidade e enorme incúria”.Álvaro Dâmaso adianta que o projecto não teria de ser incluído numa nova candidatura, apenas numa reapresentação, incluindo o documento em falta.“Essa era uma formalidade essencial para que a candidatura chegue ao fim”, adianta o presidente da APIA.“Além disso, é preciso perceber-se que este tipo de projectos, com uma forte componente tecnológica, obriga a uma análise que demora tempo. Não se podem decidir estas candidaturas em dois ou três dias. Além do mais, este projecto em concreto teve uma evolução que também contribuiu para a demora. Esperamos que o promotor reconsidere”, alega o presidente da APIA.O projecto em causa, apresentado pela empresa “Algae Oil Azores”, visa a construção de uma unidade de produção de biodiesel a partir de micro-algas.A unidade, segundo o promotor do projecto, iria empregar 30 pessoas em Santa Maria e desenvolver uma tecnologia japonesa, que converte o óleo de micro-algas em biodiesel.“Os Açores são o segundo melhor lugar do mundo para a criação de micro-algas. Porque têm pouca variação nas temperaturas, têm água do mar de óptima qualidade e, como têm vento, garantem uma fonte de energia renovável”, explica António Alves Miguel.O empresário adianta ainda que o excedente da produção energética da fábrica (300 a 400 kw diários) poderia ser injectada na rede eléctrica de Santa Maria.Perante a situação, António Miguel diz que está tentado a levar o investimento para Cabo Verde ou para o Continente.“A não ser que o presidente do Governo Regional me dê garantias de que o nosso projecto é bem-vindo nos Açores”, sublinha.