O Museu de Santa Maria não dispõe de espaços "a que possamos chamar de núcleos, visto não ser um museu polinucleado. Dispõe, sim, de espaços que se complementam para dar uma visão unívoca do que era a realidade da vida mariense, nomeadamente através de uma das suas actividades mais importantes a nível sócio-económico: a extracção e exploração do barro. Desta forma, a principal colecção do museu é constituída por peças cerâmicas produzidas na ilha, pelos oleiros marienses". A afirmação é de João Santos, director do Museu de Santa Maria, organismo dependente da Direcção Regional da Cultura. Ainda de acordo com João Santos, só no ano passado, o Museu de Santa Maria recebeu cerca de 2.500 pessoas. Neste número estão incluídas visitas de estudo e grupos de turistas séniores.
Segundo o responsável, aquela instituição tenta manter, dentro do possível, uma dinâmica que enquadre as escolas dentro da sua programação. Estes estabelecimentos de ensino estão localizados na freguesia de Santo Espírito, sendo que já foram desenvolvidas actividades com estas escolas como, por exemplo, o "Cinema no Museu" e o projecto "Com Mãos de Ver". Até ao final de 2008 estão previstas duas exposições: uma de pintura de Carolyn Honke, e uma outra de fotografia, de José Guedes da Silva, intitulada "As Cores da Terra". O responsável pelo Museu de Santa Maria afirmou ainda que esta instituição teve a sua origem em 1972, altura em que foi criado o Museu Etnográfico e Paroquial por iniciativa do então Pároco da freguesia de Santo Espírito, o padre José Maria Amaral. Em 1996, depois de obras de adaptação do imóvel, foi inaugurado com a designação oficial de Museu de Santa Maria, sendo actualmente tutelado pela Presidência do Governo, através da Direcção Regional da Cultura, do qual é um organismo periférico. O quadro de pessoal do Museu de Santa Maria é composto, actualmente, por três funcionários; um técnico superior, que exerce igualmente as funções de director, um técnico profissional de museografia e uma assistente administrativa.
No que diz respeito às actividades culturais eu decorrem todos os anos em Santa Maria, João Santos não hesita em afirmar que o Festival Maré de Agosto continuará a ser o Festival de referência, não só para a ilha, como para os Açores. Em relação a outras actividades e grupos, João Santos destaca a Associação Escravos da Cadeínha, que realiza o Festival de Blues dos Anjos, a Associação Círculo de Amigos de S. Lourenço e a Associação Amigos da Maia, que realiza a Festa do Serrano e a Festa do Emigrante. De entre estas entidades, João Santos destaca, também, o meritório trabalho realizado pela Banda Recreio Espirituense, na preparação de futuros músicos.
Defesa do património arquitectónico
Defesa do património arquitectónico
O Governo dos Açores vai passar a garantir metade do financiamento das obras de restauro dos edifícios localizados na zona classificada de Vila do Porto, na ilha de Santa Maria, para permitir a sua rápida recuperação. Trata-se de um aumento das ajudas públicas de 25 para 50 por cento dos encargos com as intervenções a desenvolver por particulares. Com a duplicação da comparticipação do Governo "passa a não existir razão para que não avance o processo de recuperação da zona histórica de Vila do Porto", onde muitos dos edifícios se encontram em ruínas, considerou Carlos César, na sua última visita à ilha, advertindo para a hipótese do Executivo adoptar medidas punitivas contra as entidades responsáveis pelos entraves colocados à recuperação daquela zona. In: www.expressodasnove.pt