Pela primeira vez em Santa Maria e não querendo ser plágio das romarias micaelenses, 27 irmãos romeiros marienses que há muitos anos dão algo de si ás romarias de São Miguel em diversos grupos de romeiros da ilha vizinha, este ano juntaram-se todos e numa forma diferente de invocar a Nossa Senhora Fátima, curiosamente depois da Cova da Iria é em Santa Maria que existe a ermida mais antiga do pais que neste momento possui uma restaurada imagem de nossa senhora.Obviamente com diversas diferenças, logo a começar pela duração da romaria, esta somente teve um dia, começando logo pelas 5.30h da manhã, 27 irmãos romeiros saíram da Igreja Matriz de Vila do Porto. A orientação do grupo ficou a cargo do irmão António Resendes, a originalidade de cânticos e outros pormenores tentaram marcar a diferença, criando um pouco de identidade mariense, como foram audíveis os cânticos originais dedicados a Fátima. Esta romaria contou com a preciosa colaboração dos irmãos micaelenses do grupo da candelária que cederam provisoriamente bordões sacos. Numa jornada de 32 quilómetros, as forças não faltaram mas o esforço foi muito, no asfalto quente e com subidas bastante íngremes.
Com uma média de idades certamente a rondar os 45 anos, estes homens, apesar de algumas dificuldades no percurso, foram fieis á sua ambição e chegaram todos a Fátima após 32 quilómetros de subidas e descidas, percorrendo as cinco freguesias da ilha e diversas igrejas e ermidas.
Para agrado destes, foram inúmeras as oferendas de pessoas anónimas pelo caminhada, que abriram as suas casas ou estabelecimentos comerciais, reconfortando-os com algo de comer ou beber. Visível foi o estado de felicidade das dezenas de familiares que aguardavam os seus romeiros para um almoço de família na freguesia de Santa Bárbara, a emoção foi forte pois muitas destas infelizmente nunca se deslocaram a São Miguel para ir acompanhar os maridos ou pais, fazendo-o na sua terra.
A travessia de Santo António na freguesia de Santo espírito passando pelo lugar do Forno, foi de facto um pouco ofegante, pois para além de longa era também muito irregular. Assim o reconfortante almoço foi um momento ideal para recuperar as calorias já perdidas.
Como última etapa desta cansativa mas reconfortante viagem, percurso a que se juntaram os escuteiros desta freguesia e muitos populares de toda a ilha, ligaram Santa Bárbara à Ermida de Fátima, onde lhes esperam dezenas de pessoas e uma imagem de Fátima completamente restaurada. Com o final da caminhada alcançado, seguiram-se os habituais agradecimentos destes marienses á Virgem Maria e posterior colaboração na procissão das velas e missa.
Continuidade foi a opinião unânime de todos aqueles irmãos romeiros que participaram nesta caminhada mariense, demonstrada por diversas manifestação de alegria e camaradagem entre todos. Fotos: Direitos Reservados