quinta-feira, 5 de julho de 2018

Baía de São Lourenço: Ainda sobre a petição "A favor da adaptação dos acessos para pessoas com mobilidade reduzida ou condicionada"


Video contendo apenas as intervenções dos Deputados de Santa Maria 

No início de Maio, no âmbito da petição “A favor da adaptação dos acessos à piscina e praias vigiadas de São Lourenço a pessoas com mobilidade reduzida ou condicionada”, fui ouvido (e questionado) na Comissão Permanente de Politica Geral. A audição decorreu em Santa Maria e tal como à data referi, salvo uma afirmação que podia e deveria ter sido evitada por parte de um dos deputados do Partido Socialista, acho que a mesma decorreu dentro do expectável.
Na referida reunião, fui também informado que antes do assunto subir a plenário, seriam ainda ouvidos o presidente da Câmara Municipal de Vila do Porto e o Senhor Secretário Regional do Mar, Ciência e Tecnologia.
No passado dia 14 de Junho, o assunto subiu a plenário e gerou a discussão que se esperava. Isto é, entre o tentar levar a água ao seu moinho (politicamente) e o da defesa da causa, todas as bancadas partilharam da preocupação e necessidade urgente de ser encontrada uma solução.
Agora, recebi há uns dias, por correio, toda a documentação relativa ao processo onde se inclui o LINK para o video (completo) do debate que ocorreu na Assembleia Legislativa Regional dos Açores.

Tive o cuidado de ler a documentação e a preocupação de ouvir a intervenção dos nossos legítimos representantes da casa da democracia dos Açores. E relativamente à intervenção do deputado do Partido Socialista não posso deixar de não fazer um reparo. Valá, dois ou até mesmo três. 

O primeiro é sobre a data que diz ter sido a da compra, por parte do Governo Regional dos Açores, de uma cadeira escaladora. Segundo este, a mesma foi adquirida em 2014 e a operação de transporte levava 10 minutos.
Certamente um engano fortuito pois eu, a quando da publicação DESTE post tirei uma foto ao referido equipamento que até já estava disponível no verão de 2013. 

A segunda nota prende-se com o tempo da operação e a funcionalidade do equipamento.
Quanto à demora da operação, independentemente de levar mais minuto, menos minuto, estamos de acordo. Já no que respeita à funcionalidade do equipamento, continua a não haver a humildade suficiente de admitir que este NUNCA foi funcional devido à sua própria limitação. Ou seja, é uma cadeira escaladora que está preparada para transportar apenas as cadeiras de rodas convencionais.

Por último, é referida a cedência de uma cadeira por parte da SATA "que permite a todas as pessoas, sem cadeira de rodas,o acesso ao local". No entanto, por mero esquecimento certamente, faltou referir, que para este acesso ser concretizado são necessárias duas pessoas para pegar na referida cadeira e efetuar o transporte. Aliás, tal e qual é comum observar em alguns dos aeroportos açorianos. E esta derradeira nota leva a que termine com um assunto que pode parecer menos relevante mas não o é.

- Quem tem a responsabilidade para efetuar a operação de transportes de pessoas? Funcionários do Bar? Nadadores Salvadores? 

- A falta de utilização dos equipamentos resulta/resultava, em parte, da recusa (no meu entender e bem) dos concessionários do bar da piscina de São Lourenço em manusear o equipamento e ou efetuar o transporte de pessoas até à piscina ou areal.

- Mas caso o fizessem, sobre quem recairia a responsabilidade em caso de acidente? Estas pessoas estão devidamente habilitadas, credenciadas para efetuar este tipo de operação e asseguradas em caso de acidente? 



Enquanto o povo espera (e desespera), sigamos então para mais estudos..................