quinta-feira, 4 de setembro de 2014

AJISM: catorze anos a servir os marienses!



A AJISM nasceu em 2000 e desde então tem servido, exemplarmente, os marienses, jovens e menos jovens, mas sobretudo os primeiros, não fosse a AJISM uma associação de juventude em toda a sua estrutura.
Não escrevo este pequeno texto como colaborador, nem como antigo presidente de direcção, nem tão pouco como sócio e com as quotas em dia... faço-o como mariense. A AJISM está a atravessar um período complicado, não por má gestão, pelo contrário, se não fosse a sua gestão cuidada, não tinha as portas abertas, pois neste momento sobrevive-se com recursos que tramitaram do ano passado, ou por outras palavras, com o pouco que se pode poupar. Os apoios para 2014, vindos e prometidos de diversas fontes, ainda não chegaram. Isso ditou o despedimento de três colaboradores e o sacrifício pessoal dos que permanecem, lutando contra a adversidade com muito amor à camisola. As pessoas que trabalham na AJISM, ou pelo menos aqueles que aceitaram manter-se em funções mesmo não sabendo se poderão ser pagos pelo seu trabalho, são pessoas que estão muito acima do comum dos mortais: já ninguém trabalha para aquecer e muito menos no verão quando o que apetece é ir para a praia. Os colaboradores da AJISM foram e serão sempre a alma da AJISM e merecem TUDO.
A fotografia foi tirada hoje e pode ver-se a importância da AJISM na ocupação dos tempos livres dos jovens marienses: perto da hora de abrir já estavam 15 pessoas à espera para entrar na Casa da Juventude, talvez excitados pela tarde que os esperava, pois houve uma aula de ZUMBA que animou dezenas de jovens, mesmo com o sol abrasador!
Não compreender a importância da AJISM manter as portas abertas é não perceber que alguns jovens não têm melhor sítio para onde ir e a Casa da Juventude protege-os de males que por vezes vêm disfarçados de coisas boas... Para a AJISM manter as portas abertas, neste momento, é preciso contar os tostões, que o tempo das vacas gordas acabou. Mas há quem esteja em falta e quem devia estar na primeira linha a apoiar instituições como a AJISM e quem diz esta diz outras como ela, pelos Açores fora.
Infelizmente poucos vêem com o coração ou quando muito não se dão ao trabalho de ver aquilo que só é evidente com alguma atenção... a AJISM passa dificuldades e se não houver quem ajude a nossa ilha vai ficar a perder, muito e para sempre. E não me preocupa minimamente que o Mudança de Maré esteja a apodrecer, aliás, é responsabilidade minha aquele barco estar onde está. É tudo uma questão de prioridades. Há cinco anos decidi que não se gastava nem mais um cêntimo em algo que foi projectado fora das responsabilidades e do âmbito de uma associação juvenil. Antes num lanche para quem passa fome do que numa carcaça que afunda. E quem se lamentar que passe pela AJISM e pague as quotas de sócio: só assim está a ajudar.

Se acha que foi ajudado pela AJISM, se alguma vez a AJISM lhe trouxe alegria, o ensinou a fazer alguma coisa ou lhe protegeu o filho... ajude a AJISM, agora e mais do que nunca. Cinco euros por ano é quanto basta para ser sócio com plenos direitos.