sexta-feira, 4 de julho de 2014

Porque (ainda) se adapta à nossa realidade: Compromisso com honra ou sem honra?

Passaram sensivelmente sete meses desde as últimas eleições autárquicas. O período que antecedeu esse ato eleitoral ficou marcado por uma campanha bastante disputada e com alguma tensão, principal e fundamentalmente, entre as duas forças políticas com maior expressão na ilha de Santa Maria, o PS e o PSD.
Como em todas as eleições, há os que ganham, os que perdem e os que pura e simplesmente não chegam lá.Casos há, porém, em que uns ganham redondamente e outros têm de lidar com uma derrota inesperada e contundente, que deixa, inevitavelmente, marcas profundas. Foi o que aconteceu no nosso município. A autarquia viu o seu poder reforçado e as suas políticas aprovadas e a oposição ficou de rastos.
Mas o que não pode ser esquecido, mesmo nunca, é o compromisso que foi assumido por todos os candidatos a partir do momento em que se entregaram à causa. Todos sabemos que as campanhas são férteis em promessas vãs, em compromissos que ficam muito bem estampados nos brindes e nas papeladas que enchem as caixas de correio. O que importa mesmo, todavia, é provar se esses compromissos vinham ou não com honra incluída. E cada vez que um desses candidatos vira costas à sua responsabilidade, essa honra perde-se, uma cadeira fica vazia.
Há que saber ganhar. Há que saber perder. Mas acima de tudo há que honrar os compromissos assumidos ocupando os lugares conquistados. É acima de tudo, uma questão de respeito para com quem depositou o seu voto de confiança.
Marco Coelho
Deputado Municipal - Coligação Democrática Unitária (CDU)
Artigo de opinião publicado em ABR2014
1ª Edição do Jornal "Mais Oriental"