sábado, 21 de agosto de 2010

D-A-D levaram mais de três mil pessoas ao evento.


O segundo dia do Festival Maré de Agosto arrancou com sol, praia e boa música. Os concertos começaram ao início da tarde no Palco TMN, mas foram os dinamarqueses D-A-D que superaram todas as expectativas, levando mais de três mil pessoas para junto do palco principal.Directamente de Angra do Heroísmo, Flávio Cristóvam & The Jamandizen trouxeram até à Ilha de Santa Maria temas, como «October Flight», «Empty Roots», «Lights Off» e «Against The Wind». Por cá encontraram um tempo radiante, mas uma plateia ainda pouco composta. De toalha de praia no chão, muitos aproveitaram a tarde para ouvir música, mas, sobretudo, para apanhar sol.
«Quando chegar ao fim do concerto quero dizer coisas lindas sobre vocês! Vamos lá!», pedia o vocalista, antes de se lançar a uma versão, com sotaque açoriano, do tema «Circo De Feras», dos Xutos & Pontapés. Um dos momentos altos viria a acontecer, posteriormente, quando a banda chamou dois convidados ao palco para recordar o tema «Rock And Roll», de Led Zeppelin.
Já perto das 23h00 arrancaram os concertos no Palco Maré com os franceses Speed Caravan. Na bagagem, o divertido grupo trouxe um rock de influência árabe. Percebeu-se, desde logo, que as palavras de ordem eram «saltar», «dançar» e «não parar quieto». Mas o público, salvo aquele que se mantinha na primeira fila, nem sempre entrou na festa.«Aissa Wah», «Daddy Lolo», «Kalashnik Love» foram alguns dos temas apresentados. Já na recta final, os festivaleiros pediam mais e o grupo acabou por lhes proporcionar um dos momentos mais interessantes da actuação com uma versão de «Galvanize», dos Chemical Brothers.
Seguiu-se aquela que era, certamente, a actuação mais aguardada da noite. Os dinamarqueses D-A-D encheram o palco com a sua forte presença e deram início a um concerto de se lhe tirar o chapéu.
O vocalista Jesper Binzer com os seus longos cabelos e voz peculiar, o guitarrista Jacob, que, de cartola na cabeça, distribuía sorrisos e gingava as ancas em cima de uma coluna, o enérgico baterista Laust Sonne e o baixista Stig Pedersen, que exibia umas calças e um colete prateados, conquistaram os festivaleiros.
Para esta noite, a banda optou por temas, como «Evil Twin», «Grow Or Pay» e «It`s After Dark». Já nos últimos instantes, o público pedia mais e o vocalista acabou por pedir desculpa por ter de se despedir para cumprir o horário estipulado para cada actuação.
Mas porque este segundo dia de festival não se fez apenas no masculino, coube às DJs Heartbreakerz assegurar a música no palco principal pela noite dentro. Jovens e bonitas, Analodjica e Kokeshi revelaram ter aquilo a que habitualmente se chama intuição feminina, dispensando o uso das palavras, mas, ainda assim, captando a atenção do público.
Do outro lado, no Palco TMN, os Trilhos ofereciam uma proposta de noite diferente, num misto de jazz com guitarra portuguesa. Tendo o som do mar como pano de fundo, a banda apresentou temas do álbum «Novos caminhos Da Guitarra Portuguesa». Ainda que sem vocalista, o projecto musical de Rui Vinagre jamais se deixou intimidar e entregou-se de forma apaixonada aos temas do princípio ao fim.
«Viva a boa música», gritou um dos muitos festivaleiros que enchiam o recinto, sentados ou em pé. Mas se uns apenas ficaram a apreciar o espectáculo, outros houve que também aproveitaram para dar um pezinho de dança. Houve até quem tivesse a sorte de receber um CD, lançado do palco como se de um disco voador se tratasse.
A festa continuou com o DJ Sargento Zundapp no mesmo palco, junto ao qual se havia reunido já um mar de gente. «Isto é música para mexer o esqueleto», avisou desde logo o DJ, que se apresentava com um capacete na cabeça.
Texto/Foto: IOL Música